sábado, 21 de dezembro de 2013

Destaques da ponte são colocados a venda para salvação de orçamento

Ponte coloca venda de destaques como salvação para equilibrar contas

Segundo Márcio Della Volpe, negociação de jogadores é a saída para clube não fechar 2013 no vermelho após rebaixamento para a Série B e vice da Sul-Americana

Uendel lateral Ponte Preta (Foto: Carlos Velardi / EPTV)Uendel deixará o clube (Foto: Carlos Velardi / EPTV)
O rebaixamento para a Série B do Brasileiro e o vice da Sul-Americana deixaram marcas na Ponte Preta. Marcas visíveis, como a tristeza do torcedor, e invisíveis, guardadas a sete chaves, dentro de um cofre, mais vazio do que cheio após as frustrações dentro de campo. Com a queda e sem o título, a saúde financeira da Macaca ficou comprometida. Sem a verba da elite nacional e também a visibilidade da Libertadores, a saída é buscar novas fontes de recursos. Se ano passado a Alvinegra campineira fez frente à concorrência de grandes clubes para segurar Cleber e Cicinho, por exemplo, desta vez depende dos seus principais destaques para equilibrar as finanças.
As vendas de Uendel e Rildo são vistas pelo presidente Márcio Della Volpe como a salvação para não fechar 2013 no vermelho. O primeiro está a detalhes de defender o Corinthians a partir do próximo ano, enquanto o destino do segundo provavelmente será o Santos.
- Nós temos de fechar as contas para 2013 ainda e isso passa necessariamente pela negociação de jogadores. O Uendel está praticamente negociado com o Corinthians. Falta acertar uma coisa ou outra. Em relação ao Rildo, se o Santos chegar à nossa proposta, com certeza fechamos – comentou o mandatário alvinegro.
As multas rescisórias de Uendel e Rildo giram em torno de R$ 5 milhões e R$ 10 milhões, respectivamente. Segundo Della Volpe, as negociações não precisam alcançar esses números, que são tratados como projeções. Do valor fechado, a Ponte terá direito a 50% de cada negociação. De tanto que necessita do dinheiro, a cúpula alvinegra descarta receber jogadores em troca.
- Reforço a gente busca no mercado, dentro da nossa realidade. Desta vez, queremos o pagamento integral, sem trocas – enfatizou o presidente da Ponte.
rildo atacante Ponte Preta (Foto: Murilo Borges)Rildo é tratado como 'mina de ouro' no Majestoso para equilibrar as finanças (Foto: Murilo Borges)

A Ponte já lucrou US$ 800 mil com o empréstimo do atacante William para Al Khor, do Qatar, até dezembro. Quem está longe do Majestoso também aparece como alternativa para aumentar os recursos. Outra situação que a diretoria promete bater o pé é em relação a empréstimos.
O Figueirense, por exemplo, quer continuar com Everton Santos, mas a Ponte só aceita liberá-lo em definitivo. O mesmo vale para o volante Bruno Silva, cobiçado pelo Atlético-PR após ser titular absoluto da campanha que levou o Furacão à Libertadores e que possui vínculo com a Ponte. Pela ‘grana’, a Macaca está disposta a abrir negociações.
A nova realidade financeira também se reflete na montagem do grupo para a próxima temporada. O investimento no futebol será reduzido em até 70%. A folha salarial cairá de R$ 1,5 milhão para cerca de R$ 450 mil. O corte de verba é o principal responsável pelo desmanche que o time atravessa. A começar pelo técnico. Sem condição de segurar Jorginho, a Ponte partiu para uma opção mais em conta e fechou com Sidney Moraes.
Sidney Moraes, técnico da Ponte (Foto: Carlos Velardi/ EPTV)Sidney Moraes resume o perfil da Ponte para 2014: bom e barato (Foto: Carlos Velardi/ EPTV)
O perfil dos reforços até agora também mostra que nomes consagrados estão fora dos planos. Já chegaram o zagueiro Ricardo Silva, do Ceará, o volante Dodó, do Atlético-GO, e o meia Tchô, do Figueirense. Pelo mesmo motivo, o clube não conseguiu ficar com Fellipe Bastos, Ferron e Baraka, apenas para citar alguns dos jogadores que deixaram o Majestoso por serem ‘caros’.
A diretoria da Ponte estipula um custo de R$ 20 milhões para tocar o clube no geral em 2014. Entre as cotas do Paulistão, da Série B e as premiações da Copa do Brasil, a Ponte acredita já ter metade do valor. Para conseguir o restante, a cúpula alvinegra aposta em patrocínios e no programa sócio-torcedor, além das negociações dos jogadores.
Com a exposição de marcas em sua camisa, a Macaca projeta angariar até R$ 4 milhões (foram R$ 6 milhões na atual temporada, devido principalmente à presença na Série A do Brasileiro). Segundo Della Volpe, Monroe e PBF estão mantidos, enquanto a Hitachi, patrocinadora master está ‘muito próxima’ de um acerto. Ele também mira para fechar com uma ‘outra empresa’, com um valor interessante’, que prefere manter a identidade em sigilo. Especula-se que a Adidas será a fornecedora de material esportivo a partir da próxima temporada, substituindo a Pulse. Atualmente, o Torcedor Camisa 10+ gera de R$ 300 mil a R$ 350 mil por mês.

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